Vide-o-poema:
- o poeta na Eucleia Editora
- o poeta no Skoob
- o poeta no Facebook
- Livro Ruído no Facebook
- reportagem no Estadão
- entrevista ao Diário da Manhã
- entrevista a Marcelo Novaes
- entrevista ao Perfil Literário Rádio Unesp
- leitura em PoesiAudível
- performance na praça (vídeo)
- text und tanz na vernissage (vídeo)
- "Fôlego" na Casa das Rosas (vídeo)
- lançamento no CCSP (vídeo)
TRANSATRAVESSADOS
30 de julho de 2012
21 de julho de 2012
Lido com teus olhos
Entre a aflição de
sorver vertigens e o prazer de insuflar miragens
não possuo tempo de
dormir e apenas sonho
porque a minha
paciência latejando observou
o esvaziar de seus
olhos até não mais não ver.
Nada aparece dentro
embora tanto seja visto
e pela leiga
vidência dos que olham ao redor
diversas vezes em
pleno silêncio de um cimo
ouço (essa voz
cega
ler) e sei
ser usado.
17 de julho de 2012
Literatura Erótica
Suas exceções silenciosas
repletas de cada ação;
seu beijo recheado de promessas
e línguas vivas, todas tão prosas;
seu sexo de ainda não,
páginas jamais impressas.
O corpo do seu esperanto,
o rosto, o miolo ímpar;
seu ponto G como se um mapa,
a sua lombada que desejei tanto;
que traçarei a capitular,
esse Tesão por sob a capa.
12 de julho de 2012
Não Ficção
Loucura não... Literatura; ainda que me digam ser uma
louca literatura. Começa assim: Antes de mim o sonho, que é de onde vim. Para
onde voo? Para o céu seco dessa cidade mapeada na minha cabeça em repouso na
palma da mão, ao redor de qualquer dos sóis com o nariz quase sangrando e uns
gostos comprimidos na boca. Sim, meu caso é ou pode ao menos parecer mesmo
curioso. Uma camada espessa de pré-história no ar, haja vista a grande nuvem de
pré-apocalíptica poluição que se inala nestes dias, uma droga pesada de nuvem
carregada por mim de estrondo a pairar no horizonte de eventos além do olhar;
nada mais e nadas amenos do que poeira das eras, partículas de dinossauro, ou,
tão somente, tempo em pó.
Imagine essa fauna fantástica ao redor. E eu de pijama.
Os carros, essas belas máquinas de ir dentro para frente,
filtrando em quatro rodas os grandes répteis de outrora, relançando-os na
atmosfera. Paira mesmo a própria ocasião sobre nós. Canto tanto espanto... veja
só: consumismo e objetos de apego, os diversos tamanhos de brinquedos. Um carro
ali leva uma menininha que tosse, convulsiva, segurando o seu dinossauro de
plástico. Que formidável ironia!
Sorrio um pouco disso, já satisfeito, mas não é hora
ainda de conhecer a saída.
Os automóveis são em sua maioria pretos, pratas, cinzas e
brancos. Os pombos também. Há quem diga que são nocivos à saúde do homem, mas
não me incomodam, com exceção das buzinas, que me tiram a paz. Levanto-me do
banco do parque (onde mato em legítima defesa as minhas horas de entidade
desperta, vigilante reformado que sou aqui) e ganho a rua. Pego um branco.
Menciono o destino e ele gorjeia alto, no que os demais abrem caminho, céleres,
em revoada.
Esse sonho é um daqueles que eu podia ter até acordado,
analiso.
Todos os olhos do brasileiro (pelo sotaque) que dirige se
dividem entre o para-brisa e o retrovisor a me encarar o quanto permite o
trajeto. Uso ósculos de sol redondos, espelhados, e me pergunto, mentalmente, o
que ele vê em mim. Pura reflexão? Incomodado, tiro detrás da orelha uma mecha
de cabelos e cofio a barba, idiossincrando os gestos que não tenho, e os pelos
todos que de fato tenho parecem se arrepiar sobre a cama do meu quarto, onde
devo estar a dormitar. Pergunto a ele se eu posso fumar. Ele fala baixo, ou
pensa alto: “Melhor não, já que provavelmente vai mesmo pular a parte em que
teria de me pagar pela corrida.” O que acho que ouço assim traduzido, e
respondo: “Melhor sonhar que tenho dinheiro para pagar, mas nem precisava,
porra! Que o sonho é meu, cara... Toca isso em bandeira dois, que aqui sou
deus. Até podia ir voando, mas prefiro ter classe.” Aperto o botão que faz ele
apertar o botão que abre a minha janela, automaticamente. E acendo um Lucky, achando-me com sorte. Ele liga o rádio para que uma Brigitte Bardot agonizante me
sugira à mente a couple of
acasalamentos. Pergunto se tem jazz, o que ele entende chess, dizendo que “Sim, gosto muitíssimo, mas não tenho com quem
jogar.” "Toca para outra estação", digo-lhe, no que começa a nevar. E sai Bird,
com a fumaça, pela minha janela. Ele escorrega a máquina até conseguir um roque
meio tupiniquim à esquerda e me dá seu cartão, junto com o que sobrou da minha
onça pintada. Diz “gracias”.
É hora do almoço, e meio dia é sempre verão para mim. Faz
232,7777777777778 °C.
Peço uma Original, mas não dessas de hoje, que são
cópias, e fico tomando bem devagar, de canudinho, a ler uma revista em quadrinhos enquanto demora
o meu cheese-colesterol. Estou no
quadrinho grande da penúltima página, no canto inferior direito, bem desenhado
assim colorido e de meio-perfil, que é o meu melhor ângulo, sentado no balcão
sujo a ler a última página deste mesmo gibi, e embaixo está escrito
“...continua na edição de janeiro”. Eu deveria chorar nessa parte do sonho, mas
não o faço de fato; assim mesmo a balconista me pergunta se comigo “está tudo
bem?”. “Apenas um pouco emotivo já é motivo”, respondo, marcando uma página
qualquer como se aquele decotinho estivesse me interrompendo, no que abandono a
leitura em favor do nanquim daquela pele que larga às quatro, “sim, posso
esperar”.
O que fazer enquanto isso ainda não dá naquilo?
Engulo o segundo lanche com o último gole de cerveja e
atravesso a rua em direção ao cinema. Um detalhe importante é que nisso sou
atropelado e morro, mas daí a meio cigarro já ia começar a projeção do filme, e
então me apresso mais do que gostaria. Entrego o meio cigarro que resta a um mendigo que passa
e entro na sala. Fico subitamente contente porque ir assim à sessão das duas
horas é tão bom, ainda mais às quartas-feiras, quando é mais barato e vazio,
apesar de hoje ser sexta-feira e de eu nem ter lembrado de descrever a parte da
bilheteria, motivo pelo qual analiso que nem devo ter pagado a entrada. O filme é... deixe-me
pensar... alguma coisa que nunca vi na vida, talvez um Fellini novo... não...
um Fellini de 1964, quando ele não lançou nada, afinal; um Fellini entre o 8 ½
e o Julieta dos Espíritos... sim... um filme genial esse Sonhar com Davi, que
conta o último pesadelo tido pela cabeça decapitada de Golias, coitado... tem um macarrônico toque de Proust e tal; mas o melhor é que tem simultaneamente Masina e
Mastroianni no elenco. Recomendo. Duas horas depois, saio do cinema com um sorriso e pego de volta aquela minha ponta de cigarro que havia deixado o
mendigo fumar, pelo que ele ganhou um real, logicamente.
É quando a gente percebe que está sujeito a tudo nessa
puta vida.
Começo a sentir as propriedades diuréticas da cerveja, da
qual preciso urgentemente me aliviar, o que não faço em qualquer lugar, a menos
que isso seja absolutamente necessário. Como é conveniente, procuro ir ao
banheiro da lanchonete, mas está ocupado; aí volto ao cinema, onde há fila.
Nada mais ao redor... procuro e não encontro nenhum lugar para mijar. Então
você me dirá que “faça na rua mesmo, escondidinho, porque homem é assim e faz em
qualquer lugar". Você entende e as pessoas na rua entenderiam também, certo? Mas
não é tão simples, senão qual seria a graça de eu estar te contando isso? Digo
que fazer num muro ou poste foi a última coisa na qual pensei. Cheguei a
cogitar em por o pau para fora ali na esquina e fazer uma performance quando o
farol fechasse, mijando para cima e bebendo, ato contínuo, mas a presença ostensiva de
policiamento nesse dias de pagamento (era uma região com muitos bancos) me
inibiu, já que eu poderia ser preso por atentado violento ao pudor, à moral e aos bons
costumes, bem como estar incorrendo em crime passível de punição até mesmo
pela vigilância sanitária, além do fato de que ainda não tenho licença para ser
artista. O que eu faço, então? Vou até o banheiro daqui de casa, no meu quarto
mesmo, que convenientemente é uma suíte, justamente para ocasiões como essa.
Aí, antes que você ache que trapaceei, escrevo aqui uma
nota autobiográfica, a título de informação, para me justificar: o autor é
sonâmbulo.
Então, já que estou ali, aproveito para escovar os
dentes, passar desodorante e pentear os cabelos. Como se trata de um sonho, e
não de um pesadelo, não estou com espinhas. Volto a me deitar, preparado para
ir para a cama com a garçonete. Saindo do trabalho, ela quer ver um filme, e logo
o mesmo que vi, mas consigo convencê-la, após explicações demoradas, de que o
tal filme é de minha autoria, o que me tornaria não tão bem-vindo ali.
Recomendando-me fazer análise, ela aceita o programa que proponho. Quinze
minutos depois, estou no banco de trás do taxi do J. C. Merrick (aquele
brasileiro), com a Vénus noire me
chupando, a caminho de um motel.
Sonho meu, né!?
Chegando lá, só era possível entrar de carro, já que
Jeanne é moça de respeito e tem muita vergonha de ser vista nessa situação a pé.
Sendo assim, tivemos de entrar os três. Eu estava pagando a corrida, em
bandeira dois ainda, mas, não contente, J. C. propôs ir conosco até o quarto,
uma proposta da qual mui humilde e heterossexualmente declinei. Ao invés disso,
propus a ele que fosse em meu lugar, pelo que me pagaria bandeira dois. Jeanne
protestou, mas aceitou fazê-lo desde que recebesse de mim por isso, para o que
combinamos bandeira um. E assim, para encurtar a história, passei a noite toda
ouvindo big bands no carro, a fazer planos para expandir o recém descoberto
nicho de mercado, o da cafetinagem com taxímetro e, para encerrar, digo que
acordei sem o dinheiro do negócio no bolso do pijama, o que é um dos principais
riscos dessa moderna profissão, mas ainda assim pretendo investir no ramo.
O dia amanhecia e eu precisava pedir as contas no serviço
para ter o capital necessário.
Meu chefe não quis acreditar, chamando-me de louco. E, só
para me sacanear, me demitiu por justa causa, recomendando-me um exame da
cabeça, com o que o presidente do meu sindicato e o juiz responsável pelo meu
processo trabalhista também concordaram. Nenhum advogado quis me defender, e a
minha autodefesa inexperiente não foi suficiente para me livrar do hospício, ainda
mais após o resultado dos exames ter servido de prova principal da acusação no
meu caso. Pois é... Hoje, 15 de dezembro de 2010 é meu aniversário de 31 anos e
aqui estou. O que posso dizer? Sou muito bem sucedido e realizado nessa
profissão que exerço durante oito horas por dia, como qualquer bom cidadão,
ainda que ela seja ilegal e considerada nociva à sociedade, pelo que eu mesmo
me sinto também um pouco em dívida, motivo pelo qual escrevo poemas e outros
textos, como este, que publico de graça aqui, apenas para o deleite dos meus
colegas de diagnóstico, que como eu também se declaram inocentes. E todos têm
razão.
6 de julho de 2012
Narrativa e erro
A extinção dos
morcegos será a das bananas / Ó Deuses, deuses,
dai-me um peidinho piedoso / A desfolhar borboletas /
Ordenar adornos, tornear transtornos /
Paisagem com mosca,
fosfena com cisco /
Teorema do ser ao sul /
Pela qual acaricio o
tesão dentado com algum punhado de luvas /
Onda acordeonista que
toca o tempo de banho / De visual arcaico
forjado então adiante / Se o futuro do passado está sem-
pre parado / Espreita através
de um ouvido da porta / E intui o ferreiro /
Que inexistindo pai /
Orfeu /
Ferveremos os fetos
dos órfãos
E neste céu roxo, um
sol de ameixa /
Miraculosamente amadurece /
A salgada mágoa de lesmas desse Zéfiro horizontal
contudo oculto no núcleo do outono /
E aí bebo
a solução do problema anterior /
A endossar os nervos lançados / No instante
lubrificante brutal que ilumina / Esta confeitaria cerimonial,
oficina luciferina /
Bagagem (de mão) de ferro derramado /
Em todas as espécies de plantas dos pés / Mistura de fumos
na carta de rumos /
Logro lírico a
colorir do rigor / Livre desses destinos repulsivos /
E o pulso dissidente
sorve seu nervo servil / Nascente incógnita
de eficácia fescenina /
Epopeia que se copia
opiácea no último cerne do sonho lotado /
No detalhe do
detalhe retilíneo / Cume de faca, gume de pico /
A devassidão do vocábulo fodido /
Badalo fosco que é puro ouvido / No crânio descontínuo /
Do homem relutante que, estranho em seu túmulo / Some
este coro de covas /
À tua ilha-presença, este lugar que criei só /
Louco ou coisa melhor /
Nestes dois quartos
da hora de fama / Altivo discurso sozinho /
Até antes da tattoo seu corpo no tempo era obra em progresso /
Projeto para algum
imprevisto enquanto prova da fruta-mídia /
Ciência que se
debruça / Nesta cinza volátil / Readolescendo /
O seu nascer
bifurcado /
Desde a vodka gótica
/ Tomada com gelo de água de torneira /
Em meu quarto de costas para a Metrópole /
Outro / Mesmo aprendiz de branco (75%) /
Com a memória explícita de lobo temporal /
Pó de ser lido o meu Mal
(dito diário) /
Ao empapelar sua prole de sotaque etrusco /
Ou decretar milagre em estado de exceção /
Neste seu curso intensivo de arlequinagem /
Que (mar)ca dente / Alfabetos / que falo
besta /
Como se do mero exercício de canto kitsch /
Eclodissem as sedes que li / E doces de lis /
Sangria de amor cego ao escalpelar patrões /
Um cheiro de som / Cor
que se tateia,
gosto que se tatua /
Como se o sonho fosse
tão mais real /
Pois, chupada esta
realidade, ele seria tudo aquilo que te resta /
Pois o real sou eu
(menos a vontade) /
E este f(i)ode Ariadne /
Extremo sexo-trem da
razão exausta (se extenua tu de anexo) /
Rumo ao horizonte
que já se doura / Do sol que a foto estoura /
Flechas do Amor: ser
de mais formas do que Satã ou o açúcar
2 de julho de 2012
casa de poeta
a m i n h a c a s a
n ã o s e c o m p r a
o u v e n d e
o q u e s e
n o t a a p e n a s d e p o i s
d e e n t r a r
é u m a h a b i t a ç ã o q u e
d e m i m se e
s t e n d e
c o m o s e v ê
n e s t a e s c r i t u r a d o
m e u l a r
m e n o r q u e c
a d a d e g r a u é a e s
c a d a
s u a s g r a d e
s s ã o d o
t i p o q u e l i b e r t a
c o m a p o r t a
d a f r e n t e s e m i c e r r a d a
e a p o r t a
d o s f u n d o s e n t r e a b e r t a
c o m p a l m e i r
a s o n d e c a n t a
o s a b i á
u m n o v o s i s t e m a d e
e s q u e c i m e n t o a g á s
e v i s t a p a r a
t u d o q u e j a m a i s
c e g a r á
o q u i n t a
l d á
f u n d o s p a r a o l
a d o d e t r á s
o n d e s e m p r e
s e
s e n t a c o m i g o o s o f á
p a r a t o m a r m
o s c a d a
m a l u q u i c e d e c h á s
é c o i s a d i á f a n a m e s m o
s e m v i d r o
t e n d o q u a t r
o q u a r t o s p o r
i n t e i r o
o n d e f l u t u a
m a
p i s c i n a e a h
i d r o
u n e t o d o
s o s
s e x o s s e u b a n h e i r o
n a e s t u f
a o r a é v
e r ã o o r a é i
n v e r n o
n a a d e g a m e i a
n o i t e e n o
p o ç o m e i o d i a
e a o r e d o r
d a c a s a t a m b é m
m e i n t e r n o
a e x p u l s a
r t o d a a m
i n h a c l a u s t r o f o b i a
d e p o u c a q u i l o m e t r a g e m a g
a r a g e m
p o s s u i u m
a e s c a d a d e
d e g r a u s v o l á t e i s
c o m s u a s j a n e l a s f e i t a s
d e p a i s a g e m
d a n d o p a r
a o
j a r d i m d e p e r f u m e s t á t e i s
c o m u m h e l i p o r t o p a r a
a c r i a d a g e m
e c a m a - a c a d
e m i a d e g i n á s t i c a s f á c e i s
s a t a n á s a i n
d a c a b e b e m
n o p o r ã o
a r r a s t a n d o
s e u r a b o de b
i c h o m a n c o
o e s p í r i t
o s a n t o d a n ç a
m a l n o s ó t ã o
r i s c a n d o
o a s s o a l h o a u
s a r t a m a n c o
é o s e t o r
d o m e u i n t e r i o r
é o c e n t r o
d o m e u d e n t r o
é o m u n d o
d o m e u f u n d o
é o p r é d i o
d o m e u t é d i o
é o r i n c ã o
d o m e u b r a s ã o
é o m e i o
d o m e u d e v a n e i o
n o s ó t ã o c o n v e r s a m l u z e s
a c e r c a d o p ó
e i n v e j a
m o
s e u s a b e r s o b r e
p i
n o p o r ã o as p
a r e d e s t ê m u m
l a d o s ó
a p e s a r d a t e r r a
t o d a a t r á s d
e s i
t e m o h á b i t o
a s a l a d e
a l i n u n c a e s t a r
o b a n a l é
o b a r e s
u a s g a r r a f a s e t é r e a s
é i n t e i r
a c o m e s t í v e l a s
a l a d e j a n t a r
n a b i b l i o t e
c a t e m c u l t u r a d e
b a c t é r i a s
o s v e n t o
s r e s p e i t a m o a
v i s o d e p a s s e a r
e n q u a n t o a
s p a r e d e s n ã o
s a e m d e f é r i a s
o n d e c a d
a â n g u l o é a
r r e d o n d a d o
s e j a a l i c
e o u
c i r c e s o b o a
l i c e r c e
e d e b a i x
o d e
t u d o e s t á o t
e l h a d o
c o m s o u v e n i
r e s q u e a g
e n t e e s q u e c e
t e m p l a n t a ç
ã o d e l a v a n d a n a
l a v a n d e r i a
a p r o p r i a d o
o t a m a n h o de o
v o d a c o z i n h a
o b j e t o s i m p
o s s í v e i s e v o a d o r a t a p e ç a r i a
e a g r a n d e
s a c a d a d o q u a r t o
é a v i z
i n h a
p a r a f a l a
r s ó
d e p o r t a p r i n c i p a l h á
d e z
é u m m i s a n t r o p o r e t i
r o e s t e
c h a l é
o n d e a p e n a
s s e
e n t r a d e i t a d o
o u d e v i é s
o n í r i c o s s ã
o c a d a b a t e
n t e e r o d
a p é
e m c u j o s i n t
e r v a l o s s e r e s p i r a
a t r a v é s
c a s a f e i t a d o q u e s a i p e l a c h a m
i n é
o m e d o
d o m e d o f o
i a l i
e m p a r e d a d o
e m m e i o à m ú s i c a
d o s s e u s
v i g a m e n t o s
e e s t o u a l
i m u i t o b e m e n c l
a u s u r a d o
n e s s a o b r a d a n a t u
r e z a d o s c a t a - v e n t o s
c o n s t r u í d a c o m e s t r u t u r a d e p o e s
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e m s u a m a i s
q u e p e r f
e i t a a g r i m e n s u r a
p o r a r t e
d e a l g u
m a o u t r a
g e o m e t r i a
e s c r e v o d o m e z a n i n o a o r é s d a l o u c u r a
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