Em seguida ao felizes para
sempre,
dancemos o minueto de
fidelidade.
Arredonda-me bem
a fim de que ainda te sobres
qualquer vão
depois que me houveres
decorado.
Deslinda-me a cara
que se amortalhará com
pelosinais hinduz.
Domicílio conjugal ou
concílio dominical,
será a união estável, DDT
estável.
Chegarei às oito menos um
quarto
após oito longos trabalhos
de hora.
A viver sem vigília,
morrendo de sono.
Conterás os sempiternos
perfumes do mal
curtidos no tédio cinza
dessa espera
e hei de com tal me
embriagar bem
antes de te possuir.
Amor, já posso ir?
Saber-te-ás a coisa mais importante que há,
o que te reconsagrará rainha
ao me reificar.
Fumaremos os cigarrinhos d’artista
sem atinar que são as fezes
da mesma vaca
que então caberá nesse prato
que me fazes,
e aos filhos: coma sucrilhos
e jamais cases.
Serei já um casto
e ainda hedonista
por ter semeado aspirinas
por sob os tacos.
E deitaremos embrutecidos de
cetim
e cobertos de razão
a digerir o feijão de nosso
amor sem mim.
Nossa, muito bom seu poema. Adorei! Um belo retrato de sua vida conjugal e atual.
ResponderExcluirParabéns, Davi!
Convido-o a conhecer o OBC, aposto que também irá se identificar.
Beijinhos e te aguardo lá!
www.barquinhocultural.com
Muito obrigado, Patricia. Volte sempre. Apenas ressalto que esse poema pode ser considerado um obra de ficção, cujo conteúdo nada tem a ver com minha real vida conjugal, atual ou pregressa.
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